Nossa categoria (Papel, Papelão e Artefatos) teve representantes que se candidataram à função dde vereador e até prefeito em outras localidades. Eleitos ou não, só de terem se colocado para a disputa, se exposto, já devem ter o reconhecimento de toda a classe. Não é fácil e não é simples tomar a decisão de se candidatar para representar a população.
Um grande problema que vejo é que muitos de nós não valorizam estas pessoas. Não escolhem uma pessoa que pode, sim, ajudar a fortalecer a categoria, os trabalhadores. Sempre ressalto que trabalhador deve votar em trabalhador, independentemente de partido.
Se observarmos a Câmara dos Deputados, por exemplo, a maioria é composta por empresários. O mesmo se verifica no Legislativo Municipal, seja onde for. Há um grande contrasenso na minha opinião porque a maior parte do eleitorado é trabalhador, assalariado. Podemos perceber, então, que muitos preferem acreditar em falsas promessas.
Se houver uma revisão da legislação trabalhista ou qualquer outra decisão política que pode influenciar diretamente nos direitos dos trabalhadores, de que lado os representantes eleitos estarão?
Bom, o povo prefere votar em patrão, o que é lamentável.
Quando falamos em voto consciente, falamos, claro, nas pessoas de passado limpo, que têm caráter, mas falamos também de quem está mais próximo de nós, de quem podemos cobrar. As consequências do voto errado voltam mais cedo ou mais tarde.
Devemos respeitar, reconhecer e valorizar os trabalhadores que saem de suas bases para se candidatar.
Se realmente soubéssemos do poder que está em nossas mãos, elegeríamos quem quiséssemos. Não ficariamos nas mãos de uma parcela que só pensa no bem-estar e vantagens de poucos, bem poucos.
Vamos prestar mais atenção em quem está disposto a nos representar e que sabe das nossas necessidades. Passamos por mais uma eleição, mas este alerta serve para todas as próximas que virão. Daqui a dois anos, estaremos novamente retornando às urnas para votar em deputados, senadores, governador e presidente. Podemos refletir desde já!
Abraços.
Betinho