Ano difícil, mas conseguimos!

001O ano de 2016 não foi nada fácil em tudo que é relacionado à economia. Desemprego, alta nos preços dos produtos e dificuldades para negociações trabalhistas; muita dificuldade. A situação econômica do país continuou muito complicada, com mercado retraído e baixas expectativas. Vimos nos últimos dias o anúncio de demissão de 194 trabalhadores da Madepar, fábrica de papel e celulose da cidade de Aparecida.

O reflexo de todo este cenário também foi verificado diretamente nas mesas de negociação com os representantes dos patrões. Foram inúmeras rodadas, com propostas absurdas do outro lado e que foram prontamente rejeitadas. Chegamos a nos mobilizar para greve, mas houve acordo, ao final, nas categorias de papel e papelão. Restou artefatos que, infelizmente, teve de ser instaurado dissídio.

O objetivo é sempre conseguir avanços nas negociações sem a necessidade de intervenção do Judiciário. Porém, é inevitável em algumas situações. Não podemos retroceder. Por isso, algumas contrapropostas foram prontamente rejeitadas. E eles, os patrões, não estavam nada dispostos a aumentar benefícios. Ao contrário.Houve tentativa até de tirar direitos, o que é inconcebível. Isso não aconteceu. E, apesar de tudo, melhoramos e fechamos. Ficamos dentro da média geral de todas as categorias de trabalhadores. Aliás, comparado a algumas, estamos entre as que mais conseguiram vantagens. Teve categoria que não conseguiu repor a inflação.

Temos uma grande responsabilidade, pois nossas decisões influenciam negociações por outros estados da federação. A nossa luta tem reflexo nacional. Por isso, a importância de não nos deixar abalar mesmo sob forte pressão econômica. Um retrocesso pode levar a outros. Não vamos nos curvar.

É o trabalhador que precisa de segurança num momento tão difícil. As empresas precisam cobrar o governo sobre diversos aspectos, e não descontar no lado tido como mais frágil.

É importante que o trabalhador saiba das dificuldades para as negociações, não apenas a lista de conquistas, ainda mais num ano tão difícil como foi 2016. O que espero agora, neste ano de 2017, é mais uma vez poder contar com o apoio do trabalhador para que possamos manter o que já conquistamos e ampliar ainda mais os benefícios a todos. Nos dias de hoje, precisamos nos manter unidos!

Abraços,

Betinho

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