A Suzano Papel e Celulose registrou lucro líquido de R$ 455,7 milhões no segundo trimestre, quase cinco vezes mais que o ganho líquido de R$ 97 milhões registrado no mesmo intervalo de 2014, beneficiada pelo volume adicional de celulose proveniente da fábrica de Imperatriz (MA), pelo câmbio favorável às exportações e pela melhora do resultado financeiro.
A nova unidade fabril da Suzano entrou em operação em dezembro de 2013 e tem capacidade de produção de 1,5 milhão toneladas por ano. No acumulado do primeiro semestre, porém, o resultado final da companhia foi negativo em R$ 307 milhões, frente a lucro de R$ 298 milhões um ano antes.
A receita líquida da companhia subiu 39,4% na mesma base de comparação, para R$ 2,38 bilhões, enquanto o resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, em inglês) cresceu 83,7%, para R$ 957 milhões.
A margem Ebitda da empresa no trimestre ficou em 40,2%, frente a 30,5% um ano antes. O Ebitda ajustado, por sua vez, totalizou R$ 958,9 milhões, com alta de 84%.
O resultado financeiro líquido da companhia, que tem a maior parte de sua dívida denominada em dólar, ficou positivo em R$ 67,6 milhões, com efeito, também positivo de R$ 233,3 milhões da linha de variação cambial. Um ano antes, a empresa teve despesa financeira líquida de R$ 68,7 milhões.
Ao fim de junho, a dívida líquida da Suzano estava em R$ 11 bilhões, com queda de 3,7% frente a março. Com isso, a alavancagem financeira medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado era de 3,3 vezes no fim do segundo trimestre, comparável a 3,9 vezes no encerramento de março.