Um ano da reforma trabalhista

Quando falamos de ano completo, pensamos automaticamente em comemoração, aniversário, dia de alegria, de agradecer. Nem sempre, menos ainda quando o assunto é reforma trabalhista.

Completou um ano a vigência das novas regras e me foi pedida uma análise, minha opinião, um balanço sobre este período. O problema é que não há muito o que dizer, apenas que esta reforma trabalhista proposta por Michel Temer, que assumiu a presidência da República já de forma suspeita, foi trágica e destruiu o movimento sindical. Precisamos nos lembrar que não foi apenas o presidente. O Congresso Nacional aprovou estas alterações. Temos muito deputados federais que foram favoráveis a este desmonte. Não podemos nos esquecer disto. Quando se falou em fim da obrigatoriedade do imposto sindical, teve muito trabalhador que comemorou. Estes só não sabiam o que estava por vir. Alguns sentiram na pele a falta do sindicato lhe representando.

A não obrigatoriedade do imposto sindical fez com que muitos não contribuíssem e, assim, a estrutura do movimento, principalmente as federações e confederações, e alguns sindicatos, sofreram diretamente.

O momento realmente não favorece os sindicatos. Com isso, a estrutura do movimento sindical foi afetada, pois tiraram o financiamento do movimento sindical. Isso, entre outras coisas, como a flexibilização de direitos, trabalho intermitente, o fim da homologação, se sacar mais de 80% do FGTS perde o seguro-desemprego, enfim, foram 117 novas regras que vieram destruir o que existia de bom na CLT (Consolidação das Leis de Trabalho) para os trabalhadores.

Vamos nos atentar ao que vem por aí. Precisamos estar mais unidos do que nunca.

Desejo, sinceramente, que todos tenham um santo Natal e um abençoado novo ano.

Abraços,
Betinho

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